Sexta feira começou o final de semana derradeiro de 2023 e não teria melhor forma de começar uma maratona de shows, no qual vocês acompanharão aqui durante essa semana, como retornar ao maravilhoso Circo Voador para conferir o lançamento do novo disco do AngraCycles Of Pain, que contou com a abertura dos cariocas do Innocence Lost.

A casa clássica do Rio de Janeiro estava pronto pro evento, ao chegar já via uma grande fila se formando em frente ao Circo Voador e prometendo uma noite linda, com bastante gente e pontualmente os portões abrem às 21:00hr e o público começa a entrar e assim entramos também e é bem notável como o público chegou em peso para o evento, que teve a produção da Tomarock Produções, que, geralmente apoia muito o cenário do nosso amado Rio de Janeiro e para abrir o show do Angra, a escolha deles foi em convocar o Innocence Lost, ótima banda de Progressive Metal, que liderada pela simpática vocalista Mari Torres e conta com Gui De Lucchi (guitarra), Ricardo Haquim (baixo), Heron Matias (bateria) Aloysio Ventura (teclados), entraram no palco pontualmente 21:30hrs, no qual estavam marcados e fizeram um show simplesmente incrível! Contando com um belo telão, a banda passou uma bela animação de introdução, com caricaturas dos membros aparecendo enquanto a introdução, Off Men´s Fall tocava nos PA´s e ao entrar, os membros foram extremamente ovacionados e já mandaram ver Dark Forest e o recém lançado single Fallen, essa no qual tem um refrão que conta com uma construção melódica que, desde que ouvi, pela primeira vez, me emociona e tenho que ser sincero, esse que voz fala deixou a emoção falar mais alta no momento e acabou deixando as lágrimas rolarem, ouvindo essa música ao vivo. Depois delas, a simpática Mari conversa conosco um tempo e anuncia que as primeiras músicas são do vindouro disco, que se chamará Oblivion. Wake Up Iris, dois singles já conhecidos e consagrados pro público Carioca. As três faixas finais do show, The Trial, The River Oblivion, todas do vindouro lançamento, foram apresentadas pela primeira vez ao público, que teve uma resposta maravilhosa às músicas, ovacionando essa banda no qual é pura qualidade, um Progressive Metal de qualidade, a vocalista Mari Torres tem uma voz forte, que atinge notas ímpares, o duo de cordas formado por De Lucchi & Haquim é maravilhoso, com eles brincando com passagens muito bem construídas e linhas lindas, Haquim é um baixista que, mesmo tocando linhas bem complexas, não esquece de dar corpo a música, junto a bateria de Heron, que dá uma aula nas peles, mostrando pegada e força em seu tocar e Aloysio em suas mágicas teclas cria ótimas camas e climas para as músicas, além de ser o backing correto e perfeito para Mari. Banda pronta pra estourar no mundo, eu vejo que Oblivion será exatamente o disco no qual levará essa banda a alçarem voos gigantes.

Depois desse showzaço, o palco do Circo Voador começa a ser preparado para o show do Angra, mas antes disso, o simpático Luciano Paz, sobe ao palco para agradecer o público pagante na sexta feira, já que tivemos 2.300 pessoas na casa naquele dia, praticamente um show sold-out, no final do ano. O produtor nos informa que, aquele foi o maior evento da Tomarock Produções desse ano, o mesmo foi ovacionado por todos presentes e vale destacar que, no telão, o recado que a Tomarock Produções diz ser uma produtora Antirracista, Antifascista Antihomofobia. Recado dado com sucesso e vamos seguir pra banda principal, já que teríamos o gigante Angra entrando em palco.

No horário marcado, Crossing começa a tocar no PA do Circo Voador e Fabio Lione (vocal), Rafael Bittencourt & Marcelo Barbosa (guitarras), Felipe Andreoli (baixo) Bruno Valverde (bateria) sobem ao palco do Circo Voador com a clássica Nothing To Say, que foi recebida por todos os presentes com berros e o show começou muito bem, quente e poderoso, como o som do Angra é, vindo do Secret Garden, tivemos Final Light, aonde eu acho que deu uma esfriada no público, que mesmo assim, cantava a letra da música, coisa essa que durou o show inteiro, mesmo com a escolha no qual, eu achei fraca de setlist, vamos conversar um pouco sobre. O Angra é uma banda com uma carreira gigante e diversas canções icônicas para incluir no set e mesmo assim, ela acaba focando em alguns sons mais batidos, mas que, ainda funcionam, sendo que, poderiam diversificar um pouco mais né? Mas, voltando ao show…

Depois de Final Light, vieram as primeiras faixas de Cycles Of PainTides Of Changes (Pt1 e 2) foram executadas e é incrível como a música sim funciona ao vivo, já que a primeira parte cria o clima necessário para que a segunda cresça e Fabio Lione dá um show com as músicas dentro de sua fase, a voz dele casa de uma forma única. Depois de “Tides” a clássica Angels Cry vem e mais uma vez, aquece o público, um pouco mais até, pois é uma senhora canção e depois Vida Seca, música que foi gravada com a voz do gigante Lenine para o Cycles Of Pain, que ao vivo, quem faz as partes é o guitarrista Rafael Bittencourt e que foi bem recebida e posso falar, como funciona bem, já que depois a banda toca Dead Man on Display e daí, Rebirth e Morning Star são executadas e é exatamente em Morning Star que aquele papo acima vale, poderia ser outra, do mesmo disco hein, mas foi essa, pra mim, deu uma esfriada e ainda tinhamos Here In The Now Ride Into The Storm, que também são do Cycles e são realmente maravilhosas. Aí temos aquele momento “um banquinho, um violão”, com Rafael Bittencourt tocando Lullaby For Lucifer e depois com a participação de Fabio LioneGentle Change é executada, ficou beeeeeem bonito, tudo. Cycles of Pain, ØMNI – Silence Inside, Bleeding Heart (essa com uma zoeirinha com o Calcinha Preta ao final) e Waiting Silence são tocadas e lembra do papo né, poderia ser melhor hein Angra, ok, Cycles Of Pain tem um climão maravilhoso e ela ao vivo foi maravilhosa em ver, mas as outras três… é…. poxa, mesmo eu curtindo a Wating Silence, poderiam pegar outras canções, até mesmo Tears Of Blood do Cycles Of Pain poderia estar ali, mas aí… bem.

Nos encaminhávamos pro final do show e Unfinished Allegro e se tem essa música né, sabemos que tem uma das mais clássicas canções do Angra Carry On vem com td, depois a banda fecha o show com Nova Era e assim eles fecham um showzaço. E mesmo com a minha reclamação para com o set executado nessa sexta feira, ver o Angra é sempre uma experiência agradabilíssima e muito, mas muito gostosa, ainda mais nessa formação, que a cada dia que passa está cada vez melhor e é visível como o clima dentro do Angra está bom, foi um show muito bom (apesar dos pesares) e agradecemos muito ao Circo Voador e à Tomarock Produções por nos credenciar e nos permitir trazer esse material a todos vocês.

TODAS AS FOTOS POR IAN DIAS – @DIASPHOTOGRAPH