No feriado de Tiradentes, o Rio de Janeiro recebeu a tour no qual o gigante vocalista do Iron Maiden, Bruce Dickinson se propôs a fazer com uma Orquestra, sendo ela conduzida por Paul Mann e seus 86 membros da OSESP e ainda contando com uma bela banda de apoio, formada por John O’Hara (Jethro Tull) nos teclados, Tanya O’Callaghan (Whitesnake) no baixo, Kaitner Z Doka (Jon Lord, Ian Paice) na guitarra, Bernard Welz (Jon Lord, Don Airey) na bateria, o lendário “frontman da Donzela de Ferro” iria apresentar composições da banda no qual ele mais ama na vida, o gigante Deep Purple.

Vamos lá, já sabendo disso, vamos falar sobre o show inteiro, que aconteceu no Vivo Rio recebeu um público bem grande, infelizmente não foi como eu esperava, sold-out, mas tivemos uma boa aceitação e adaptação do público ao show, no qual celebrou não somente a incrível composição do eterno Jon Lord, com a execução na íntegra daquele belo disco composto e pra isso, o “gigante” Bruce, mesmo com um pequeno atraso de 10 minutos do horário marcado, entrou e com um bom humor único, nos explicou o que estaríamos para ver e logo após esse pequeno bate papo, Concerto for Group and Orchestra começa a ser executado por Paul Mann e como já imaginado, a beleza da composição, a orquestra tocando, a banda entrava em suas partes.

De forma cirúrgica e já aqui tenho que deixar claro, como a baixista Tanya toca bem e como o timbre do seu instrumento estava lindo demais e ela toca muito, o guitarrista Kaitner tinha um timbre também bonito, mas nada fora do padrão, já os teclados de John O´Hara estavam maravilhosos e, particularmente, eu achei a bateria executada por Bernard um pouco baixa, mas tendo toda uma área de percurssão na Orquestra, eu entendi que seria o correto e com isso tudo posto, o que posso falar para vocês dessa noite, que teve 2:30hr (duas horas e meia) de duração de concerto?? QUE EXPERIÊNCIA INCRÍVEL e LINDA!!!

Não é todos os dias ou qualquer momento no qual temos, o mais celebrado vocalista da história do Heavy Metal Mundial, em um palco tocando a sua banda predileta e mostrando, mais uma vez, porquê é esse gigante que ele é e Bruce Dickinson prova sempre isso, a parte instrumental do show foi linda, precisa e cirúrgica, mas quero falar pra vocês o que foram os rearranjos de duas belíssimas canções da carreira solo de Dickinson e ouvir a estonteante Tears Of The Dragon em sua voz original e com uma orquestra acompanhando, em um arranjo que deu ainda mais grandiosidade à música foi simplesmente inexplicável. Jerusalem foi a outra música no qual o cantou resolveu trazer para uma bela adaptação também e meus amigos, foram momentos lindos esses.

No decorrer do show, Bruce cantou composições maravilhosas, como a emocionante (e foi mesmo) When a Blind Man Cries foi lindo, Pictures At Home começou com o vocalista fazendo uma bela piada sobre estar no Rio de Janeiro e ter uma noite tão louca que acorda em outro completamente diferente e nada como fotos de casa para recordar a besteira feita, a ótima Hush deu ainda mais uma animada no público, mas a gigante banda guardou o melhor para o final e que senhor final, já que antes do BIS, eles executam Perfect Strangers, canção essa que é dona de um dos riffs mais incríveis da história da música e ela teve uma execução majestosa!!

Pra finalizar, o BIS não poderia ficar para trás, mas vale citar que, nesse momento, o público que, até agora estava sentado em seus locais, resolveu levantar e ir pra frente do palco, como é sempre em um clássico show de Rock/Metal, causando um certo espanto nos músicos e o vocalista perguntou: “hey, quem são vocês hein?? Ah, resolveram ser o Rio de Janeiro né… HAHA” e daí começou uma das gigantes do Deep PurpleBurn e meus amigos, foi simplesmente esmagadora, um arranjo maravilhoso no qual eles trabalharam, Bruce Dickinson mostrando, mais uma vez por quê ele é, sim, um dos maiores vocalistas de todos os tempos e foi incrível, pra fechar, nada mais correto do que a clássica Smoke On The Water que dispensa qualquer comentário e a sua versão orquestrada ficou perfeita, somente isso a dizer sobre esse clássico.

Quem esteve no Vivo Rio no dia 21 de Abril de 2023, como estivemos para vos trazer esse texto, teve uma experiência muito mais do que única, mas uma experiência no qual levarão para o resto de suas vidas, pois foi uma noite soberba, única, até mesmo para esse que vos escreve e que depois de tantas apresentações já vistas, essa entra, sem sombra de dúvidas, como uma das mais grandiosas e belas de minha vida, por isso agradeço imensamente ao pessoal da Midiorama e da Agência OnStage por confiar em nosso trabalho e nos dar essa chance única.

TODAS AS FOTOR POR CÉSAR OLIVEIRA – @takeaview