“UMA BANDA PRA SE VER E OUVIR AO VIVO”

Nota: 4/5.

A BANDA

Fundada em 1991, a banda é uma das pioneiras do heavy metal no estado do Ceará. No mesmo ano de sua formação, no qual o país ensaiava sua abertura econômica, – e isso mudaria muito as coisas no micro-cosmos do rock local. Numa época marcada por uma espécie de romantismo insipiente (as coisas eram mais difíceis, mas isso era compensado com doses cavalares de paixão pela arte e de amor pelo Heavy Metal. Nesses quesitos, a Darkside sempre se destacou e, hoje, prestes a completar seus 30 anos de história, a banda pode ser considerada uma das melhores do país no estilo. Umas da coisas mais importantes sobre os músicos é que são uma banda pra se ver ao vivo. A qualidade, agressividade e energia de suas performances é quase palpável.

O ÁLBUM

Fragments of Madness… At The Gates of Time, o álbum, que coroa os esforços despendidos em três décadas de atividades pode muito bem simbolizar um tributo à superação das adversidade e à persistência de Tales Groo, líder e fundador da banda. O álbum trás releituras atualizadas das músicas gravadas em duas demo-tapes que circularam o país na primeira metade dos anos 90. Uma das coisas mais curiosas sobre esse álbum é que o seu processo de gravação foi marcado pela participação de vários ex integrantes da banda. Até ser concluído, as seções de estúdio foram executadas por nada menos do que 3 bateristas, 3 baixistas e 5 guitarristas que ajudaram a dar uma cara nova para as canções do passado.  Com relação às músicas, a primeira demo Fragments of Time (1991), continha as músicas Hare Krishna, Suicide, Spiral Zone e Fragments of Time. A segunda, Gates to Madness (1993), Intro/Storms, Gates to Madness, Inferno, The Guardian e Blessed by the Dark. O resultado final é um heavy/thrash executado de forma muito competente e energética, sendo por isso, um dos melhores lançamentos do ano de 2018. A formação que gravou o disco contou com Marcelo Falcão (Voz), Tales Groo (Guitarra), Anderson Menezes (Guitarra), Kaio Castelo (Baixo) e Bosco Lacerda (Bateria). Após a gravação, Vinicius Dorneles substituiu Anderson Menezes numa das guitarras.

O QUE TEM DE BOM?

1) As composições são excelentes;

2) A qualidade da gravação é boa e

3) O álbum serviu para manter a banda na ativa.

O QUE PODERIA SER MELHOR?

1) Ao tracklist poderia ter sido adicionado pelo menos uma música inédita. Nem que fosse á título de faixa bonus.

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