Sugestão do dia: Kiss, Dressed to kill.

Estamos enfrentando um período que só em filmes de ficção tínhamos visto. E não tem remédio, nós teremos que encarar essa dura prova que vai exigir do todo planeta, todos os setores, todas as pessoas, sacrifícios diversos, entre eles, ter que se isolar dentro de nossas casas – os que puderem, é claro. A coisa é séria, temos todos que fazer a nossa parte.

A ideia aqui é propor uma sugestão para que você ocupe um tempinho do seu dia conhecendo algumas curiosidades e o mais importante, preenchendo um pedaço do seu tempo com uma boa dose de música pesada. E a dica de hoje é o álbum do Kiss, “Dressed to Kill”, que está completando 45 anos de seu lançamento.

Dressed to Kill é o terceiro álbum de estúdio da banda e foi lançado em 18 de março de 1975. A produção ficou a cargo do próprio presidente da gravadora Casablanca Records, Neil Bogart. O motivo dessa escolha foi que simplesmente a empresa naquele momento não tinha condições de contratar um profissional especializado para realizar o trabalho.

Devido a curta duração do álbum, as versões originais em vinil tiveram longas pausas entre cada faixa para criar a ilusão de que os lados eram mais longos do que realmente eram. O disco tem por volta de 15 minutos em cada lado. Certamente a pressa em lançar algo novo e colocar a banda na estrada foi maior do que o processo criativo do Kiss para compor mais algum material para esse LP. Não é novidade que as gravadoras desde os tempo do Elvis, grandes ou pequenas, pressionam seus ‘afilhados’ por resultados.

Dressed to Kill chegou ao 32º lugar na parada de álbuns da Billboard nos EUA e foi certificado como disco de ouro apenas em fevereiro de 1977. Apesar de não ter sido um grande sucesso dentro dos padrões que a banda se acostumou a conquistar ao longo de sua carreira, o maior hit do Kiss está justamente neste disco. “Rock and Roll All Nite” é uma das músicas mais conhecidas dos americanos e continua sendo um dos principais destaques nos shows até hoje. Até quem não é fã de música pesada tem boas chances de conhecer o refrão.

A minha cópia é um vinil nacional prensado em 1981, que eu comprei na loja Baratos Afins do grande Luiz Calanca em novembro de 84. Apesar de ser um seminovo, veio fazer parte do meu acervo pessoal em ótimas condições. Inclusive a bolacha está rolando neste exato momento, sem estalos, sem pulos, sem chiados, restando apenas aquele maravilhoso som tão característico que somente os discos de vinil possuem. E você pode curtir essa dica mesmo que não tenha em mãos qualquer edição física ou digital. O link com o disco ‘completão’ no You Tube está a sua disposição no final desta matéria.

Fácil não está, e nem vai ficar tão cedo para nenhum de nós, mas por um tempo tente esquecer essa loucura, coloca o volume no 11 e cante bem alto “I wanna rock and roll all nite and party every day”. Mal não vai fazer.

Dados:

Lançamento: 19 de março de 1975 .

Selo: Casablanca (EUA); Polygram (Brasil).

Produção: Neil Bogart.

Singles:

“Rock and Roll All Nite”“, em 2 de abril de 1975;

C’mon and Love Me“, em 10 julho de 1975.

Certificações:

– Nos Estados Unidos, Ouro (+ 500,000) em 28 de fevereiro de 1977.

Músicos:

Paul Stanley – vocais, guitarra base (guitarra solo em “C’mon and Love Me”);

Ace Frehley – guitarra solo, guitarra acústica;

Gene Simmons – vocais, baixo;

Peter Criss – batera, vocais.

Lado A:

1.Room Service (vocal principal: Stanley ) 2:59

2.Two Timer (vocal principal: Simmons) 2:47

3.Ladies in Waiting (vocal principal: Simmons) 2:35

4.Getaway (vocal principal: Criss) 2:43

5.Rock Bottom (vocal principal: Stanley) 3:54

 

Lado B:

 

1.C’mon and Love Me (vocal principal: Stanley) 2:57

2.Anything for My Baby (vocal principal: Stanley) 2:35

3.She (vocal principal: Simmons) 4:08

4.Love Her All I Can (vocal principal: Stanley) 2:40

5.Rock and Roll All Nite (vocal principal: Simmons) 2:49