Nessa quinta feira, o Vivo Rio, bela casa situada no bairro do Flamengo da Capital Carioca e chegando no local, uma coisa era certa, ela estaria lotada, pois a fila de fãs para a primeira passagem do Beast In Black e o retorno do gigante Finlandês Nightwish, depois das remarcações, causadas, infelizmente pela Pandemia que nos assolou, provava o tamanho e o carinho que o público Carioca tem pela banda. O credenciamento, pela primeira vez, me deixou um pouco apreensivo, pois estava marcada para a primeira banda entrar em palco ontem, por volta das 19:30 e mesmo chegando próximo a esse horário, ainda não tínhamos feito o mesmo, mas depois disso resolvido, arrumei um local na pista, pois ontem a Premium não teve ninguém da Imprensa.

Bem, mesmo depois desses pequenos e irrisórios problemas, consegui pegar um local incrível em frente ao palco e agora era esperar as bandas começarem seus respectivos setlists e com um atraso de 10 minutos, a casa se apaga e logo o Beast In Black iria entrar em palco para fazer o seu debut na América Latina e Kasperi Heikkinen (guitarra), Mate Molnar (baixo), Yannis Papadopoulos (vocal), Anton Kabanen (guitarra) e Atte Palokangas (bateria) entra em palco, até com uma energia super empolgante, mas a sua música, sinto informar que, nem tanto.

Vamos começar a elencar os problemas que eu percebi na apresentação da banda,. que, mesmo que eles toquem e toquem até bem ao vivo, a quantidade de sintetizadores, plugins, compressões e toda a “parafernalha” que a banda possivelmente use para compor a sua música, isso acaba prejudicando o show, já que, não parece que a banda está realmente tocando a gente fica com a impressão de estar ouvindo sempre um Playback da banda, ok, temos um Background de teclado e efeitos ao fundo, temos sim.

Mas, quando o baixista Mate e o guitarrista e compositor Anton Kabanen vão fazer os backings, tem um efeito de multiplicação, ou até de gutural mesmo e que ficou tão artificial e feio, tão fora do escopo, eu particularmente achei feio. Bem, tirando essas partes, a banda super se diverte em palco, eles estão sempre se movimentando e dançando. Eu PRECISO destacar uma coisa, o vocalista Yannis Papadopoulos é alto e careca, então, a comparação com o falecido comediante Niteroinse Paulo Gustavo surgiram e logo todo mundo na casa, na boca miúda, comentava a mesma coisa, pois, além da aparência latente, a voz lembrava a do Comediante e até uns “Três Jeitos” do vocalista em palco nos remetiam ao Comediante no Programa Vai Que Cola, da Multishow. Fora essa curiosidade, o show da banda é nada demais, as músicas parecem sempre as mesmas de sempre, eu vou destacar duas que eu gostei em ver visto ontem, No Surrender One Night In Tokyo. Pra quem é fã da banda, eles anunciaram o retorno deles ao Summer Breeze Brasil, no ano que vem, então, fiquem ligados. Eu, particularmente, nem preciso mais ver a banda.

FOTOS POR GUSTAVO MAIATO

SETLIST: https://www.setlist.fm/setlist/beast-in-black/2022/vivo-rio-rio-de-janeiro-brazil-53b113a1.html

Finalizando o show, rapidamente a bateria do Beast In Black foi desmontada e já esperávamos pela entrada da banda no palco e, com o mesmo atraso de 10 minutosMusic do último lançamento da banda, Human Nature, começa o show e o baterista da banda, Kai Hahto, já senta em seu kit e mostra pro que veio, com dois tambores bem grandes, ele espanca os mesmos, dando um tom tribal à música e logo depois, a banda vem entrando, o dono da festa, Tuomas Holopainen chega em seus teclados, o baixista estreante da banda, Jukka Koskinen e o guitarrista Emppu Vuorinen entram, o backing vocal e multi instrumentista Troy Donockley e a Floor Jansen, vocalista começam Noise e essa execução foi ímpar, o som que vem do palco é incrível e assim começamos uma viagem pela longa carreira da banda, tendo momentos assim, incríveis, como por exemplo, ver a trinca Storytime, She Is My Sin Sleeping Sun foi simplesmente maravilhoso, a banda está tocando de forma incrível, nossa. Um momento que eu achei super legal foi em Planet Hell, a banda colocou uma projeção de pontos turísticos do Rio de Janeiro e esse que vos fala, um bom Niteroiense, já reconheço que, ao lado do Cristo Redentor, o MAC (Museu de Arte Contemporânea) estava no palco do Nightwish durante a música, obrigado!!

Uma coisa que é ímpar dentro do Nightwish é a capacidade deles falarem sobre temas delicados, como por exemplo, a devastação de nossas riquezas, a dor da perda, o amor não compreendido, com músicas que, as vezes, são super alegres, um exemplo, só o Nightwish nos faz dançar berrando I Want My Tears Back e não é dançar pouco não meu caro, o engraçado é que todo mundo dança, a Floor em palco que se diverte horrores, em um certo momento, ela (que já se sabe ser beeeem alta), vai em direção ao inverso proporcional, em termos de altura, foi dançando e encarando o guitarrista Emppu e ele correu da dança de sua vocalista, um momento de risadas mil. O Nightwish faz uma apresentação recheadas de belas músicas, como Dark Chest Of Wonder, Élan, Sleeping Sun (que ao vivo ficou incrível), não imaginaria que eles fosse tocar a maravilhosa Ever Dream, mas ontem tivemos ela ao vivo. Quanto aos músicos em si, o que falar deles, todos tem execuções maravilhosas em seus instrumentos.

Um momento no qual eu achei super intressante, foi quando a maior parte da banda sai do palco e ficam somente Floor Troy, e de forma acústica, executam a música How´s The Heart de forma acústica e ficou bem bonita, a Floor pede para que a gente acenda a lanterna do nosso telefone, para iluminarmos ou aquele que estivesse no show ontem, ou iluminar e nos lembrarmos daqueles que, infelizmente, não estão mais entre nós, possivelmente muita gente ontem na casa deve ter se emocionado. Outra coisa que tem que ser colocado aqui, Ghost Love Score, ela e Nemo são incríveis e ao vivo, como funcionam hein? Sensacional!! Lógico que, nem preciso dizer como todos na casa ficamos felizes em ver essas músicas ontem né?

The Greates Show on Earth foi a música que fechou o show e não preciso me repetir, incrível, sendo que nesse som e como ele é bem grande, temos momentos maravilhosos, mas teve um no qual preciso comentar, a banda inteira sai do palco e o palco se apaga, mantendo somente uma vela no telão, o que, com certeza, a banda pensou em ser um momento de introspecção do show, nos levando até mesmo a rever algo, repensar alguma coisa, maaaaas, com a tecnologia que temos em mãos, diversos ligaram as suas lanternas iluminam o palco, mata um pouco desse momento programado pela banda.

Agora, se encaminhando para o final, o telão que, antes dessa vela, projetava imagens de nossa natureza bela e intocada, o mar, animais e mais, pós vela se troca para uma imagem de alguém correndo pela floresta e dai, se começa a destruição do nosso Planeta e com isso vamos nos encaminhando para o final do show, quando em outro momento de homenagem, a banda projeta diversas fotos aleatórias de pessoas, sendo que, em uma hora, a foto de Alexi Laiho (ex-Children Of Bodom, Bodom After Midnight) é colocada e rapidamente as imagens aleatórias de pessoas voltam e antes de finalizar o show, a frase WE WERE HERE é projetada diversas vezes, nos fazendo lembrar que, mesmo depois de toda essa loucura, nós sobrevivemos, estávamos lá, estamos aqui. Um encerramento ímpar para um show maravilhoso, incrível e assim a banda se despede do seu público, com a projeção do Cristo Redentor no meio do telão, o MAC em seu lado esquerdo e ao lado direito, possivelmente estava o Mosteiro de São Bento, uma belíssima forma de homenagear o Rio de Janeiro em sua visita.

Agradecemos sempre à Overload e Till Dawn They Count e ao pessoal do Vivo Rio pelo credenciamento e poder servir essa cobertura

FOTOS POR GUSTAVO MAIATO