Resenha: Bloodhunter – Bloodhunter (Reedição 2020)

“O reino da escuridão é tudo o que não se pode ver”

Nota: 9/10.

Banda de metal extremo fundada na Espanha em 2008 pelas mão do único membro fundador e compositor principal, Dani Arcos. Após várias mudanças em sua formação, Diva Satanica, cujo vocal gutural ajudou a levar a banda para territórios mais extremos, se juntou ao grupo em 2009. Logo, lançam uma demo chamada The First Insurrection em 2013, recebendo boas críticas da mídia especializada.

Seu primeiro disco completo é lançado em maio de 2014. Produzido por Daniel Cardoso e Pedro Mendes no Ultrasound Studios, o álbum autointitulado contem onze faixas que incluem versões atualizadas das 3 músicas já presentes na demo, mas em sua totalidade, se pode dizer que é fruto de uma viagem subjetiva que expressa o instinto que simboliza a essência da banda: a versatilidade. Marios Iliopoulos, membro fundador da banda de Death Metal Nightrage, contribui com a paixão típica de um guitarrista do sul europeu adornado pela sutileza da escola de Gotemburgo/Suécia, criando um magnífico solo de guitarra para a música Bring Me Horror que se encaixa perfeitamente com o som obscuro da banda. Este álbum foi distribuído fisicamente em vários países ao redor do mundo como Japão, EUA, México, Brasil, Argentina, Espanha, Portugal, Reino Unido, Alemanha, Suécia, França, entre outros. O disco deu à banda a oportunidade de abrir shows importantes para bandas como Hemdale, Holy Moses, Avulsed, Ancient Rites, Rise to Fall e Aposento.

Este álbum tem prós e contras como qualquer álbum de estreia de qualquer banda jovem. De um lado é agressivo e volumoso, mas de outro, é como se os músicos estivesse preocupados em soar muito técnicos e energéticos. Não que isso seja ruim, mas, para este que vos escreve essa disposição em “mostrar serviço” passa sensação de algo pouco natural. No entanto, curiosamente, na reedição de 2020, há seis faixas bônus de performances ao vivo, gravadas em 2019 durante o show de Madrid/FRA e mostram bem “o antes” (2014) e “o depois” (2019) da banda no que diz respeito á sua evolução musical. No final das contas o resultado é extremamente satisfatório.

> Texto publicado originalmente no blog Esteriltipo