Tradição de ótimos shows mantida.

A banda italiana de Power Metal Vision Divine retornou ao Brasil para uma apresentação única aqui em Sampa divulgando seu mais recente trabalho “When All The Heroes Are Dead” lançado ano passado.

Eu já tinha assistido ao Vision Divine duas vezes anteriormente e estava curioso para ver de perto o trabalho do novo vocalista Ivan Giannini e conferir se ao vivo as coisas iriam soar tão bem como no disco.

Como a oportunidade de acompanhar o evento surgiu muito em cima da hora, e devido a compromissos pessoais, infelizmente não consegui acompanhar os shows de abertura com as bandas Eve Desire, Ego Absence e Stormsons. Amigos presentes me reportaram que todas foram bem aceitas pelo público e fizeram sets competentes.

Eu adentrei na casa de shows na exata hora que os italianos estavam começando seu espetáculo com “The 26th Machine”, música essa que abre o mais recente álbum do grupo. De cara já ficou a melhor das impressões sobre Giannini, e seus agudos poderosos.

Antes de prosseguir um adendo. O que acontece com o som do Carioca Club? Já estive lá em dezenas de shows ao longo dos anos e sempre defendi que a casa nunca decepcionava quanto a isso. Fosse qualquer o estilo, a banda, a produtora, não importava, a certeza era que o som seria muito bom. Mas infelizmente de um tempo para cá microfonias, volume oscilando e barulhos fazem parte do conjunto onde apenas o som dos instrumentos deveriam se destacar.

Mas voltando ao que importa, “3 Men Walk on the Moon” dá continuidade ao show onde já se é perceptível que o entrosamento da banda formada por Olaf Thorsen e Federico Puleri nas guitarras, Andrea Torricini no baixo, Alessio Lucatti no teclado e destruidor de bumbos, Mike Terrana na batera continua perfeito. Além, é claro, do já citado Ivan Giannini, que após duas músicas já tinha me convencido que é o cara certo para ocupar o posto.

Alternam o passado e o presente do Vision com “The Secret Life” de 2004, “Now That All the Heroes Are Dead” e “Angel of Revenge”, do novo disco, e uma clássica dos tempos de Fabio Lione, “Violet Loneliness

Era chegada a vez do respeitado Mike Terrana fazer seu show a parte. O cara é uma máquina, rápido, uma mão pesada pacas e muita habilidade. Confesso que Mike é um dos poucos bateras que ainda me faz prestar atenção em um solo. Mas ele faz por merecer essa atenção.

 

A banda retorna com “The Perfect Machine”, outra das antigas, e na sequencia a bela balada “Message to Home”. “Were I God” e “Send Me An Angel”, um dos seus maiores clássico, encerram o show, antes do bis, é claro.

E como era esperado o Vision Divine retorna com “Identities / Of Light and Darkness”, antes de fechar a noite com “La Vita Fugge”.

Olha, eu gostei de muitas coisas. Da banda em si, muito entrosada. Setlist bem montado e o principal, aceito pelo ótimo público, que se não lotou o local, foi bem maior do que eu esperava. Fato esse que me deixou bem feliz, pois com uma plateia considerável e participante todos ganham.

Setlist:

Intro/Insurgent

The 26th Machine

3 Men Walk on the Moon

The Secret of Life

Now That All the Heroes Are Dead

Angel of Revenge

Violet Loneliness

25th Hour/ Drum Solo

The Perfect Machine

Message to Home

Were I God

Send Me an Angel

Bis:

Identities / Of Light and Darkness

La vita fugge

Fotos: Paulo Marcio.