O Hypocrisy é, inegavelmente, um dos nomes mais importantes e atuantes no cenário do Death Metal mundial, tendo lançados diversos discos incríveis, mas hoje irei te passar sobre o lançamento na discografia da banda, que, possivelmente, tenha gerado mais controvérsia em sua base de fãs pelo mundo e eu falo do maravilhoso Catch 22, que ganha uma nova versão nessa The Complete Edition, lançada pela Nuclear Blast e maravilhosamente lançada na América Latina pela Shinigami Records, em um CD lindo, digipack, muito bem acabado.
O ano era 2002 e o “boom” da sonoridade moderna era gigante, um som um pouco mais “digitalizado” estava na moda naquele tempo, sem contar com a explosão do Nu Metal no cenário, que arrastava multidões por todos os locais do nosso Globo e as bandas mais “tradicionais” começaram a experimentar um pouco mais, até mesmo para tentar se “adequar” ao momento vivido e isso não foi diferente com o Hypocrisy e nessa pegada, logo após lançarem o incrível disco de retorno, o Into The Abyss, eles vem com o Catch 22 que não foi bem aceito pelos fãs mais conservadores.
No caso desse que vos fala, ele foi muito bem aceito, obrigado e, reouvindo ele atualmente, eu mantenho tudo o que eu acho dele. É um disco que tem a cara do tempo dele, mas as composições são fenomenais, com o inicio nervoso e rápido com Don´t Judge Me, as cadenciadas Destroyed e On The Edge Of Madness, a impetuosa A Public Puppet, Uncontrolled que tem a cadência incrível e já conhecida da banda, Turn The Page que trás uma modernidade ímpar, a que mais gosto do disco, até hoje, Another Dead End (For Another Dead Man), eu acho esse disco maravilhoso e o que me pegou mais, além das composições, é como o vocalista, guitarrista e produtor Peter Tagtgrëen resolveu trabalhar a sua voz, modulando em um vocal mais agudo (fry, coloquemos assim), com passagens dele usando mais a sua voz normal, limpo, o baixo de Hedlund e a bateria de Szöke estão em uma simbiose incrível no disco.
Mas, como comentei, essei disco não foi bem aceito pela base de fãs, então seis anos depois do lançamento dele, a banda resolveu lançar Catch 22 V.2.0.08, que é uma remixagem e remasterização do mesmo, que, pra mim, acaba exatamente com tudo no qual eu curti em seu antecessor, toda a sonoridade diferente, toda a experimentação que o Hypocrisy fez, vai de ralo (como diz uma gíria Carioca), entregando uma remixagem do disco super padrão e a remasterização tirando a sonoridade aguda e mais típica de seis anos antes.
As músicas também passaram por mudanças, mesmo que leves, mas elas perderam o brilho moderno, a novidade no qual a banda apostou em seu primeiro momento, algumas passagens de vocal mais limpo de Peter foram trocados para algo mais grave e até soturno, algumas levadas de bateria de Szöke foram mudadas, perdendo um pouco do “groove” (mesmo que leve) que antes tinha, tirando o charme no qual eu tanto curti no primeiro lançamento.
Mas depois disso tudo, porquê você ainda dá nota máxima pro disco? Pois ele é um marco na carreira da banda e mesmo tendo sido refeito e até meio que “rechaçado” na época, diversas idéias foram mantidas para lançamentos posteriores e até hoje, você consegue ouvir um pouco do Catch 22 no Hypocrisy.
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NOTA:5 / 5