Ah a Flórida!!! O que seria de nós, fãs de Death Metal sem este estado americano???? Afinal diversas bandas seminais do estilo saíram de suas terras. Sem falar do famoso Morrisound Studios, que praticamente definiu como o Death Metal deveria soar, devido a quantidade absurda de clássicos que foram produzidos em suas terras.
E vindo de lá, o Obituary chega a seu décimo primeiro disco, chamado “Dying Of Everything”. Um petardo de 10 faixas matadoras, gravado no próprio estúdio da banda e produzido e mixado por Joe Cincotta, que mostra mais uma vez que quem é rei não perde a majestade.
O disco chega quebrando tudo com ‘Barely Alive‘. Cheia de batidas explosivas e solos destruidores que os botaram na hierarquia do metal extremo muitos anos atrás,essa faixa de abertura é com certeza um dos destaques do album. Também é notado alguns toques de Slayer, mostrando alguns elementos de Thrash Metal no disco. Apesar disso eles não hesitam em ir um pouco mais devagar no álbum com o single principal ‘The Wrong Time‘. Um som mais focado para o groove, com aqueles riffs característicos que ao vivo deixam todos com os pescoço quebrado. Quem já viu o poderio da banda ao vivo já imagina como esse som soara nos shows. O álbum não apenas atrairá os fãs de Thrash Metal ou Death Metal, mas também deve cair no gosto com fãs hardcore de alguma forma, com o estilo presente em canções como “Without a Conscience” e “War”, somando-se à violência musical deste álbum.
Ele mostra um pouco de tudo que um metalhead ou garoto hardcore procura na música, sem dúvida. E se você não era fã de Obituary antes deste álbum, você será assim que terminar este incrível trabalho. A sexta faixa e terceiro single do álbum, ‘My Will To Live‘, possui um groove simples e um refrão cativante. Ele mostra ao ouvinte perfeitamente o quão bem o álbum pode ir, desde sons com o ritmo acelerado, até músicas mais cadenciadas e groovadas, sem nunca perder a brutalidade. Isso está perfeitamente presente na faixa oito, ‘Weaponize the Hate’, cheia de bumbo duplo e riffs thrash.
Infelizmente esta é a última deste tipo de música no disco. Mas as duas últimas músicas ainda são insanamente pesadas e cheias de brutalidade. ‘Be Warned‘ fecha o álbum como um soco na cara, com todos os elementos que fizeram do Obituary um dos mestres do metal da morte.
Riffs incrivelmente matadores, vocais crus e sujos, solos crescentes e produção de primeira fazem esse disco altamente recomendável e mais uma vez confirma que tem algo diferente na água da Flórida.
TEXTO POR RAPHAEL ARIZIO
NOTA: 5 / 5
