Um disco que reflete exatamente uma fase incrível no qual os veteranos do Gothemburg Sounds vem vivendo, Övergivenheten é, sem sombras de dúvidas um dos melhores lançamentos desse ano. O Soilwork nesse disco, consegue de forma magistral, unir duas ou mais facetas da incrível carreira da banda, em um disco que é de uma sonoridade maravilhosa e de um bom gosto pecular.
Ouvindo Övergivenheten, eu consigo entender que Björn “Speed” Strid(vocais), David Andersson e Sylvain Coudret(guitarras), Bastian Thusgaard(bateria), Sven Karlsson(teclados) e Rasmus Ehrnborn(baixo), mesmo afastados, por conta da pandemia, conseguiram se unir para compor um álbum que é a cara da carreira da banda, um disco que flerta com diversas sonoridades, sem soar “pedante”, sem soar forçado, perfeito. Em Övergivenheten eu consigo perceber que o Figure Number Five foi unido à carreira do The Night Flight Orchestra, isso em uma tentativa ‘besta” de explicar o que eu senti ouvindo o belíssimo disco gravado pelo Soilwork.
Solos de guitarras belíssimos, baixo e bateria marcando muito bem qualquer música, trabalhando de forma única no decorrer do disco, o teclado do Soilwork sempre marcante com temas muito bem encaixados e isso continua, Speed nem precisa falar né, que vocalista! Mesmo sendo um disco longo, com 14 músicas e elas não sendo curtas, Övergivenheten não é, em nenhum momento, um disco chato de se ouvir, com certeza por conta da variação rítmica no qual a banda nos oferece, um exemplo, Nous Somme La Guerre(clipe aqui) é uma faixa que poderia estar em qualquer disco do The Night Flight Orchestra, com uma influência AOR gigante, desde o seu início mais calmo até a condução da mesma, sendo que logo depois dela, temos a Electric Again, que começa com uma pegada de Blast-Beat que não vai deixar nenhum pescoço parado, ao ser executada na tour.
Em um disco no qual o Soilwork aborda o tema do abandono como tema principal e esse tema vem ditando todas as músicas do vindouro lançamento, Speed Strid e companhia nos dá um dos mais incriveis lançamentos de 2022, gravado no Nordic Sound Lab, em Skara e tendo a produção de Thomas “Plec” Johansson (mesmo produtor dos dois últimos discos), o som e a masterização desse disco estão simplesmente perfeitos, com tudo em seu devido “lugar” e que forma uma compreensão absurda. Antes de encerrar, quero agradecer à Nuclear Blast Records por nos enviar o disco para resenha, em primeira mão e já deixo o registro, um disco que pode e deve estar em muitas listas de melhores do ano, aparecerá na minha, podem anotar isso.
NOTA: 5 / 5