Resenha: Tosco – Agora é a sua vez (2023)

Aqui de Tosco temos somente no nome e, pelo que entendi, a proposta das letras, porquê aqui, o papo é reto, é sem “papas nas línguas” e ataca, sem nenhuma pena, toda a Necropolítica no qual o Brasil vem se afundando nos últimos anos e a música do disco te convoca, mesmo que, de forma velada, pra luta, pra guerra, Agora É a Sua Vez de ir pra dentro disso, não pode continuar.

A banda, que é formada por Osvaldo Fernandez – Vocal, Ricardo Lima – Guitarra, Carlos Diaz – Baixo e Paulo Mariz – Bateria, nos presenteia com uma sonoridade muito, mas muito calcada no Slayer e em sua rifferama insana e monstruosa. O disco é incrível, ele não te dá descanso em momento nenhum, nem nos riffs, nem na levada insana da cozinha da banda, algo lindo demais!

Carlos Paulo nos entrega uma cozinha que é imperdoável, além de muito precisa e competente demais, as guitarras de Ricardo solta sempre cortantes riffs que vão te fazer enlouquecer, cortantes, diretos, secos e em algumas músicas ele para com isso, criando harmonias maravilhosas e o vocal de Osvaldo, mesmo sendo apropriado, eu senti um pouco “berrado” demais, as vezes me desconectou um pouco do disco, mas nada que tire a magnitude da proposta do vocalista, que é de te dar um certo desespero, pois a letra no qual eles trabalham, eu jamais veria fora desse escopo, então Osvaldo, ficou foda!

O disco, que contém 12 faixas, nos trás músicas maravihosas como O Brasil e o Crime, Hellvetia (que conta com as guitarras de Dave Austin, do Nasty Savage), Issaqui Não Tem Jeito, Tropa Z, Casa de Nóia, todas maravilhosas, uma versão linda pro clássico do KorzusGuerreiros do Metal, mas nenhuma música me cativou mais do que O Monstro, que começa com um puta clima de guitarra e depois vem pra uma maldade de uma rifferama maravilhosa e uma música ímpar e é por isso que eu falo, o Underground Nacional não deve nada a ninguém desse mundo, ninguém.

NOTA: 4 / 5