Resenha: Wiegedood – There’s Always Blood At The End Of The Road (2022)

Os belgas do Wiegedood estão vindo com um lançamento, que é interessante e bem vigoroso até, There´s Always Blood At The End Of The Road é o resultado é um disco bem interessante de Black Metal, sendo executado por um Power Trio Belga muito competente e que sabe aonde quer que a sua música vá.

O disco é super bem composto e legal, mas se teve uma coisa que me incomodou, levemente no quarto registro da banda, é que, mesmo com uma proposta mais atmosférica na sua essência, o vindouro álbum preferiu seguir para aquele Black Metal mais clássico e direto, com poucos momentos climáticos e de criação de um clima ou um ambiente, seja ele o mais sórdido o possível e eu esperava bastante por isso.

Levy Seynaeve(vocais e guitarra), Gilles Demolder(guitarras) e Wim Coppers(bateria) são músicos experimentados no cenário e preferiram nesse disco, uma abordagem ainda mais crua, mais direta, o que nos entrega de forma muito boa e coerente, se você é um fã avído por um Black Metal mais reto, cru, direto no ponto, com certeza esse disco irá te agradar muito, eu, pelo que já tinha ouvido deles antes, esperava algo com mais ambiência e isso me assustou um pouco.

Agora, não tenho como não citar aqui, músicas como Now Will Always Be Nuages, que realmente me chamaram muita atenção, por terem passagens que remetem à aqueles sons mais “mongóis”, com um vocal estupidamente denso e como se fosse “pra dentro”, sabe, um lance muito bem feito e passagens com um pouco do experimentalismo mais Atmosférico no qual esperava.

Finalizando, não que There’s Always Blood At The End Of The Road seja um disco ruim, mas realmente não tive o resultado esperado da banda, sendo que, como já disse no decorrer do texto, se tu és um fã do “Raw Black Metal”, sem papas na língua e sem freio nenhum, aquele que passa “atropelando” tudo e todos, pode ir que será um prato lotado de som para seus ouvidos.

NOTA: 3 / 5