O ano caminha para seu final. Festas de Natal e Réveillon batendo na porta e para todos nós, resta “apenas” a conta de tudo o que passou. Isso e toda a correria para comprar presente, comprar chester, comprar peru… a maionese, o amigo secreto da empresa… “putz, tirei aquela pessoa que eu não vou com a cara”. Nada de stress!

Mas fora essas situações características de todo fim de ano brasileiro, regado a muito calor e vinho de procedência duvidosa (e possíveis visitas à UPA), vale muito a pena relembrar tudo o que foi lançado esse ano, que foi recheado de muitos bons momentos: tivemos Bruce Dickinson lançando seu Projeto Mandrágora depois de 19 anos de hiato de sua carreira solo; o God of Metal, Rob Halford, mostrando que é possível se manter fiel às suas origens sem ser repetitivo e chato com Invincible Shield, do Judas Priest… E o Summer Breeze? O que foi aquele festival? A maior reunião das vertentes do metal já vista no país, abrindo uma janela até para o hard rock no primeiro dia, com Nestor, Mr Big, Sebastian Bach e o linguarudo veterano Gene Simmons. O final de semana de festival foi incrível: Tygers of Pan Tang, Hammerfall, The 69 Eyes, Lacuna Coil, Epica, Within Temptation, Torture Squad, Overkill (que me deixou surda por meses), Anthrax e o Rei Diamante com seu Mercyful Fate, depois de 28 anos.

O Brasil se consolidou definitivamente como rota de shows internacionais, Linkin Park com nova formação, “A Banda do Eloy”, Slipknot, Living Colour, Jerry Cantrell, Sir Paul McCartney e tantos outros. São Paulo não parou um final de semana sequer, mas as bandas nacionais não ficam quietas também: Black Pantera fazendo centenas de shows, até gratuitos na Virada Cultural e nos SESCs; Sepultura com a tour de despedida correu todo o país e ainda não parou; os novatos do Spine Shiver (que fazem um southern rock muito honesto e contagiante) e do Amazing (um hard rock gostosinho made in Brasília) também fizeram seu nome e, com certeza ouviremos muito em 2025

Tivemos alegrias, emoções, tristezas… o Maidenverso perdeu Paul Di’Anno, que faleceu em 21 de outubro deste ano, Nicko McBrain anuncia sua aposentadoria dos palcos, dias depois o Iron Maiden comunica a entrada de Simon Dawson, baterista do British Lion, deixando sua legião de fãs perplexa e sem saber o que esperar do futuro. 

CJ Snare, vocalista do Firehouse perdeu sua batalha de anos contra o câncer; Pinche Peach, do Brujería abandonou os palcos subitamente devido a um ataque cardíaco; o ícone Pit Passarell foi rebelde e não ficou por aqui também… isso sem falar nos parceiros de profissão que fizeram parte da nossa história: Adriano Falabella, pai da Enciclopédia do Rock; Vinícius Neves, do Stay Heavy. Pessoas queridas que jamais sairão de nossas memórias

É normal que a gente fique mais melancólico e nostálgico nessa época, pois é tempo de balanço moral, recálculo de rota, lembrar de quem se foi e comemorar quem ainda está por aqui. Então, vamos engolir o choro, lembrar das piadinhas “é pavê ou pacumê?” “pra quê uva passa no arroz?” ou “descongela o Roberto Carlos e a Simone para a festa de fim de ano!” e em ritmo de celebração, vamos ver os MELHORES DE 2024 (na minha opinião)!

 

Amanda Basso, redatora do HBr Foto: arquivo pessoal

TOP 10 LANÇAMENTOS DO ANO: 

Bruce Dickinson – The Mandrake Project 

David Gilmour – Luck and Strange

Judas Priest – Invincible Shield 

Deep Purple – = 1

Accept – Humanoid

Ace Frehley10.000 Volts

Blaze Bayley – Circle of Stone 

Paul Di’Anno’s Warhorse – Warhorse

Black Pantera – Perpétuo 

10° Pearl Jam – Dark Matter

 

 

MELHOR SHOW DO ANO: 

Iron Maiden – The Future Past Tour 2024