O SOILWORK está de volta com seu 12º álbum de estúdio, que representa o crescimento da banda e sua atual fase de vida, que é marcada por um período que provavelmente ninguém neste planeta esquecerá tão rápido. Vale lembrar, que nós fizemos uma resenha do disco lançado hoje (leia aqui) e temos uma entrevista exclusiva com o vocalista Björn “Speed” Strid, falando sobre o disco novo e muito mais, leia aqui.
Diferente dos álbuns anteriores, o processo de criação do “Övergivenheten” foi bem demorado e é uma representação clara do estado emocional dos caras do SOILWORK. Gravado no Nordic Sound Lab em Skara, Suécia, novamente com o produtor Thomas “Plec” Johansson (que também produziu os dois últimos trabalhos da banda), “Övergivenheten” foi escrito e gravado em três sessões entre janeiro e dezembro de 2021. Não havia nenhuma pressa para terminar o álbum, o que significou por outro lado que a banda foi capaz de refletir sobre sua música e saborear o processo de criação do álbum.
Musicalmente, “Övergivenheten” continua com o legado do SOILWORK dos últimos anos. O objetivo foi fazer que o álbum soe o mais orgânico possível e por isso, entre outras coisas, foram incorporados às músicas elementos acústicos, o que ajudou a tornar a experiência sonora a mais íntima e genuína possível. O álbum pretende dar a sensação de estar no meio do processo de criação da energia e sentir a atmosfera. Para construir essa experiência e, sobretudo, dar ao ouvinte essa sensação de estar bem no centro do ambiente criativo da banda, era preciso alcançar um novo nível de equilíbrio, algo que as circunstâncias externas dificultavam, principalmente devido à situação global.
Não ser capaz de fazer o que toda banda gosta de fazer, que é tocar ao vivo para seus fãs, e ficar preso em um círculo íntimo bem pequeno, acabou sendo bem mais difícil do que o esperado. A pandemia influenciou a banda em mais de uma maneira. No entanto, em relação ao álbum, também foi um tipo de inspiração. Cada membro da banda percebeu os últimos dois anos de forma diferente em termos de limites e desenvolvimento pessoal. Todo esse novo entorno influenciou na criação do álbum.
A inspiração que cada membro da banda sentiu pode ser ouvida claramente nas novas músicas. O vocalista Björn “Speed” Strid se desenvolveu liricamente e não escreveu apenas sobre sua percepção pessoal e sobre a sua experiência, em “Övergivenheten”, ele fala muito mais do ambiente, refletindo sobre o exterior, incluindo as impressões externas.
“Övergivenheten” pode ser traduzido como O Abandono e descreve perfeitamente o tema geral do álbum: estar cercado pelo pensamento de ser abandonado ou mesmo de abandonar os outros. O álbum lida com esses pensamentos mais sombrios que moldaram a própria banda e afetaram o processo de desenvolvimento do álbum. As lutas pessoais se alinharam com as dificuldades sociais fora da banda.
Devido à pandemia, todos tiveram as “pernas cortadas fora”, ficando difícil bloquear a energia negativa do ambiente para criar novas músicas com um tom alegre. O processo de composição do guitarrista David Andersson foi amplamente influenciado por pensamentos sombrios usados como uma fuga para lidar com as dificuldades diretamente relacionadas à ansiedade, e isso também ressoa nas letras que ele escreveu. Em termos de equilibrar a escuridão das letras de David, Björn aportou seu próprio ponto de vista. Como eles tem um relacionamento intenso que já dura vários anos, a música é a linguagem comum que os coloca no mesmo nível, apesar de estarem em diferentes fases da vida. E isso pode ser amplamente percebido em “Övergivenheten”.
“Övergivenheten” também marca a estreia em estúdio do novo baixista Rasmus Ehrnborn e seu sangue fresco adicionou uma nova dimensão à banda.
O SOILWORK não vai vacilar e continuará a dar rédea solta à sua criatividade, por um lado, compartilhando e processando suas experiências pessoais e, por outro, dando a seus fãs o que eles querem: música honesta tentando criar um retrato real da vida!
Um lançamento da parceria Shinigami Records/Nuclear Blast Records. Adquira sua cópia aqui.