A luz do vindouro lançamento do novo disco do SoilworkÖvergivenheten, conseguimos, com exclusividade um horário com o vocalista Björn “Speed” Strid, o vocalista da banda, para falar sobre o disco, falar sobre a composição e todo o processo que originou esse disco, que, conforme a minha resenha(que você pode ler aqui), está simplesmente incrível.

Imagem de um momento da conversa com Speed.

Eu comecei o bate papo pedindo para Speed me ensinar a falar o nome do disco(vamos combinar que ele é complicado) e com risos conseguimos chegar nisso e depois desse momento, perguntei a ele se o abandono(Övergivenheten quer dizer Abandono, ser abandonado) que vem a ser o “tema” principal do disco teve a ver com a Pandemia da COVID-19 que assolou o mundo e Speed disse que a Suécia não sentiu muito esses efeitos da Pandemia, já que no país não teve um esquema de Lockdown como se foi visto no mundo, mas que, o medo de se sentir abandonado e até mesmo de, abandonar alguém ou algo foi muito latente.

Speed cita que, por não estarem na estrada, por estarem de volta à sua casa e tudo mais, os forçou a algo interessante, que é encarar os seus próprios demônios, coisa que com certeza ajudou na composição do disco e pegando isso, perguntei a ele se, para o Soilwork esse momento de encarar seus próprios demônios ajudou na composição do disco e Speed disse que 100%! Já que, como eles não tinham a estrada, as tours como um “duto de escape”, esse auto conhecimento e foco nas 6 semanas, dentro do estúdio e completamente focados no álbum, com certeza facilitou e muito no nascimento desse disco.

Ouvindo isso, eu pergunto ao Speed sobre a sonoridade do disco, que vocês irão ouvir em Agosto, no lançamento, que tem passagens do disco que remonta ao “Antigo Soilwork” e ao mesmo tempo, a gente sente diversas influências do The Night Flight Orchesra(a outra banda do vocalista) e aí Speed fala que esse retorno a uma sonoridade mais antiga, encontrada no Stabbing The Drama, Figure Number Five, A Predator´s Portrait, Natural Born Chaos aconteceu de forma extremamente natural, até porquê a banda sempre gosta de olhar para frente e mesmo eles retornando um pouco ao passado, é com o direcionamento sonoro para o futuro e sobre a influência que, muitos notam do The Night Flight Orchestra no Soilwork, o próprio Speed comentou que todos na banda, enxergam completamente de forma diferente seus trabalhos, até por quê o The Night Flight Orchestra tem uma “vibe mais positiva” e “festeira” do que o Soilwork.

Ao perguntar sobre a arte da capa de Övergivenheten à Speed e qual seria o sentimento no qual ela queria passar, se era sobre o sentimento de Abandono no qual o disco trata, ele nos disse que é mais ou menos isso, a arte foi feita por um amigo do guitarrista David Andersson e com algumas palavras chaves e sentimentos foram passadas ao artista e que deram origem a essa arte linda, Speed fala que as árvores na capa são oriundas da cidade natal do vocalista, que fica mais ao sul da Suécia e o intuito foi exatamente esse, tentar passar pela capa o sentimento de ser abandonado, esquecido.

Capa do disco.

Chegando no final do bate papo, eu fiz uma brincadeira, do clássico COME TO BRAZIL no qual os fãs inundam as páginas das bandas, momento de risadas e eu comentei que tive a chance de ver o show deles, aqui no Rio de Janeiro e queria rever a banda e nisso saber os planos para tour, Speed relembrou com muito carinho e disse ter amado a passagem da banda pro Brasil e que sim, eles estão planejando um retorno pra América do Sul e uma extensa tour para divulgar o novo disco.

Fechei a entrevista agradecendo o tempo e aproveito esse momento para agradecer à Nuclear Blast Latin America pelo tempo que nos cedeu para falar com o vocalista sobre o disco, que, repetindo, já tem uma resenha feita aqui no Portal(aqui), o disco verá a luz do dia em 14 de Agosto desse ano.

Augusto Hunter e Björn “Speed” Strid – “Fake” Selfie