Resenha: Motorhead – Orgasmatron (1986)

“Eu cavalguei no trovão e cuspi nos olhos do diabo

NOTA: 5/5.

Orgasmatron sétimo álbum do Motorhead completa hoje 34 anos. Aqui está nossa homenagem a este grande clássico do Metal ‘N Roll:

Motorhead andava meio em baixa quando o conheci. A banda sempre trabalho duro, mas de acordo com sua própria biografia, a vida nunca foi fácil. Todavia, com o lançamento de Arise, o Sepultura fez uma versão cover para a música Orgasmatron e aquela versão teve força o suficiente para fazer com que fãs inexperiente como eu tomassem conhecimento da banda e do disco.

Orgasmatron é o oitavo álbum de estúdio do Motorhead e apresenta a banda em grande forma. Ocorre que mesmo para um rock star feito Lemmy Kilmister, as coisas nunca foram só drogas, sexo e rock ‘n’ roll. Havia muitas questões para lidar com a gravadora e a banda não tinha uma vida financeira muito cômoda.

Muro do Classic Rock

Apesar de ser um grande disco, Orgasmatron não levou a banda a uma situação de conforto e era preciso comer muita poeira na estrada pra ganhar algum dinheiro. A banda já tinha uma grande base de fãs, mas não recebia, por parte da indústria, o mesmo tratamento dado a outras bandas consideradas grandes.

A exemplo da música que dá nome ao álbum, Lemmy fala de política e de religião com uma conotação sexual fazendo com que, liricamente, Orgasmatron seja um dos seus discos com letras mais ácidas. Musicalmente, é um dos discos mais rock ‘n’ roll que a banda lançou em todos os tempos. Não é um álbum com 100% de acerto, mas figura nessa lista pela sua importância no momento artístico da banda e pelas memórias pessoais a ele associadas.

A formação que gravou o disco era composta por Lemmy (baixo, vocal), Phil Campbell (guitarra), Würzel (guitarra) e Pete Gill (bateria), sendo, portanto, um quarteto.

> Texto originalmente publicado no blog Esteriltipo.