A edição de número 128 da revista Rock Meeting traz uma entrevista com a guitarrista do Nervosa, Prika Amaral, onde pela primeira vez ela fala sobre as saídas das ex parceiras, Fernanda Lira e Luana Dametto

Todos nós fomos pegos de surpresa com a saída de Fernanda e Luana. Imagino que essa decisão seria tomada após cumprir as agendas da banda, mas com a pandemia isso foi antecipado. Em que momento você foi avisada da decisão delas? Você imaginava isso?

Prika Amaral – Eu fui avisada horas antes dos posts, mas eu já esperava por isso fazia tempo. Como disse no meu post, as coisas já não estavam bem e essa decisão foi melhor pra todo mundo.

Qual foi o seu sentimento quando Fernanda e Luana anunciaram a saída? A amizade de vocês foi abalada de algum modo ou não?

Prika AmaralForam vários sentimentos, mas elas não saíram exatamente juntas. A Fernanda me falou que estava saindo, e quando fui falar com a Luana ela já estava sabendo, mas ainda estava indecisa se ficava ou se ia com a Fernanda.

O sentimento por um lado foi tranquilo porque foi de uma forma bem pacífica. Por outro lado, foi de ansiedade porque eu sabia que teria uma tarefa  enorme pela frente, e tive que abandonar vários trabalhos que eu estava desenvolvendo.

Mas acredito muito que todas vão se dar muito bem. Eu sou muito positiva com as coisas e sempre me apego ao lado positivo delas.

Quanto à amizade, eu não tenho rancor nem nada, mas acho que precisamos de um tempo afastadas para poder apagar o que o desgaste trouxe.

A guitarrista ainda afirmou que a banda irá continuar e ainda com uma formação composta só por mulheres:

“…Nervosa sempre será uma banda só de mulheres, já dei um nome feminino para não ter que fugir disso (risos). Quanto à nacionalidade, para mim não importa muito. Gostaria de manter só brasileiras, mas os quesitos vão além de nacionalidade e competências: é preciso disponibilidade de viajar 80% do ano, estar bem de saúde, ter o psicológico bom, não pode ser alguém com muitos vícios, coisas assim… é muita responsabilidade. Mas vai ser difícil escolher, tem MUITA mina competente, a concorrência é bem grande e está sendo incrível conhecer um monte de mulheres guerreiras.”

Você pode ler a entrevista na íntegra no link da Rock Meeting 

Foto de destaque: Rogério Bezerra