Como um highlander, o Grave Digger mostra porque é imortal.

Em poucos anos o clássico “Heavy Metal Breakdown” (1984) estará completando seus 40 anos, principalmente com essa sensação que fica cada vez mais acentuada que o tempo anda passando mais rápido. E mesmo após tanto anos a forma que Chris Boltendahl construiu a identidade do Grave Digger continua a cativar os antigos fãs, como eu, que acompanhou essa estrada, assim como os mais novos, que ao conhecer um trabalho da banda, se sentem compelidos a continuar aprendendo tudo sobre esse gigante do heavy metal.

Em seu 20º álbum de estúdio, “Fields Of Blood”, que será lançado dia 29 de maio próximo, via Napalm Records, Chris nos leva as mágicas highlanders escocesas pela terceira vez, encerrando uma trilogia que começou com o magnífico “Tunes Of War” em 1996, passando por “The Clans Will Rise Again” em 2010.

A intro “The Clansmans Journey” começa com os sons familiares para nossos ouvidos, como se estivéssemos voltando no tempo e nos lembrando das batalhas e emoções vividas nos álbuns já citados anteriormente, até que a guitarra de Axel Ritt se fazer presente. “All For The Kingdom” é uma faixa dinâmica e densa, bem ao estilo da banda, mas a temática nos faz imaginar em um campo de batalha pronto para ação. “Lions Of The Sea” é um dos muitos pedaços de glória épica que “Fields Of Blood” possui, transmitindo muita emoção e um instrumental impecável.

Uma música batizada com o nome de “Freedom” dentro da temática proposta pelo Grave Digger é alto explicativa, por causa da ligação com o filme de Mel Gibson, “Coração Valente” de 1995. E ela corresponde às expectativas, pois é outro tema que transborda em nobreza. Parte da bela história da Escócia é narrada através de “The Heart Of Scotland”, que se destaca pela densidade rítmica e também pela emoção que transmite. Na sequencia temos a emotiva “Thousand Tears”, uma powerful balada que conta com a presença significativa da vocalista da banda Battle Beast, Noora Louhimo.

“Union Of The Crown” apresenta um chamativo trabalho de guitarras e “My Final Fight” representa uma amostra fiel do som do Grave Digger nos ano 90. Já “Gathering Of The Clans” tem variações interessantes nos andamentos, também uma virtude dos alemães, e as gaitas de fole coroam o trabalho com um toque escocês. “Barbarian” me levou aos saudosos anos 80, som ríspido e intenso, certamente é uma das minhas faixas preferidas desse álbum.

E chegamos a faixa título, um longo e imponente épico que só poderia mesmo ser o tema principal desse disco, com elementos adicionais que transformaram a atmosfera com velocidade e muitas gaitas de fole. “Requiem For The Fallen” fecha essa obra de maneira instrumental e adequada, pois palavras não seriam necessárias.

Você em “Fields Of Blood” vai encontrar rifes cortantes, solo inspirados, uma cozinha firme, mas antes de tudo, sentira a emoção de ser um highlander, que se prepara para a batalha, que anseia por liberdade, que chora por suas perdas e luta até o último suspiro por sua causa e seu povo. Não é um simples álbum meus amigos, é uma obra de arte.

Nota: 4,5/5

Obs. Faça uma visita do Facebock do Grave Digger e fique ligado, pois no dia lançamento, 29 de maio, vai rolar um chat on line com a banda para comemorar esse incrível trabalho que é “Fields Of Blood”. Não perca.

https://www.facebook.com/gravediggerofficial/

Grave Digger:

Chris Boltendahl – Vocais

Axel Ritt – Guitarra

Jens Becker – Baixo

Marcus Kniep – Bateria

Tracklist:

1.The Clansmans Journey

2.All For The Kingdom

3.Lions Of The Sea

4.Freedom

5.Heart Of Scotland

6.Thousand Tears (feat. Noora Louhimo)

7.Union Of The Crown

8.My Final Fight

9.Gathering Of The Clans

10.Barbarian

11.Fields Of Blood

12.Requiem For The Fallen