Entrevista – Hierarchical Punishment

Hierarchical Punishment

O Brasil sempre teve ótimas bandas dentro do Metal Extremo e o Hierarchical Punishment mantém o nível lá em cima, com o seu disco Psychotic Disorders, vamos trocar uma idéia com a banda sobre o disco e os planos para o incógnito ano de 2022.

Primeiro, quero agradecer o tempo de vocês para trocarmos essa idéia e nos fala, como a banda surgiu?

GRELL: O Hierarchical Punishment foi formada na cidade de Santos (litoral de São Paulo, em Março de 1994, contando inicialmente com Grell (na época na bateria) e Alexandre Antonniutti (vocal),  com o propósito de fazer um som veloz e agressivo. As letras atacam direto nos problemas  cotidiano da sociedade.

Vocês são da baixada Santista, local com uma cultura Rocker bem pungente, como é o cenário de Santos pro Metal Extremo?

LUIZ CARLOS LOUZADA:  Verdade, aqui na Baixada Santista, a cena R&R sempre foi intensa desde o começo dos anos ’80. Muitas bandas, de estilos variados, lançaram trabalhos próprios em todos os formatos, no decorrer das décadas, e atualmente, bandas veteranas seguem na ativa, ao lado de bandas novas, muitas formadas por músicos experientes, que seguem acreditando na arte musical como forma máxima de expressão. Até antes da pandemia, haviam poucos espaços para apresentações, assim como há poucos produtores que seguiam investindo em shows, mas por outro lado, as 9 cidades que englobam a região da Baixada Santista continuam exportando bandas para fora do litoral de SP.

A banda tem dois discos lançados, um em 2017 e o Psychotic, como vocês poderiam enxergar a banda entre um lançamento e outro?

GRELL: Na verdade são 3 full….”THE HUMANITY WALKS THIS WAY” lançado em 2014 comigo na bateria e o Luiz Carlos Louzada no vocal… “THE CHOICE” lançado em 2017 e o “PSYCHOTIC DISORDERS” em maio de 2021….. Evolução tanto musical quanto na produção. “Psychotic Disorders” demonstra bem isso.

Como foi o trabalho do Hierarchical Punishment nesses tempos de Pandemia, foi fácil fazer as coisas remotamente?

GRELL: Com a pandemia direcionamos o foco para finalizarmos o “Psychotic Disorders”. Antes da pandemia vínhamos numa sequência de shows que não nos deixava à se dedicar ao término do álbum. Fizemos uma live com 16 músicas ao vivo. Segue o link https://www.youtube.com/watch?v=kUOgcTG570A

Lançamos o lyric vídeo da música “The Moment Of Truth” https://www.youtube.com/watch?v=sGmBh_em69U

Além de participações em várias lives (entrevistas)…

Psychotic Disorders vem trabalhando bastante coisa sobre as doenças da mente humana ou estou errado em afirmar isso?

GRELL: O “PSYCHOTIC DISORDERS” é um álbum conceitual onde relata as pensamentos perturbadores da uma mente de uma pessoa que sofre de ansiedade, depressão, síndrome do pânico entres outras….

Eu achei a capa do disco incrível, quem foi o artista e como foi à concepção dessa arte?

Capa do disco Psychotic Disorders

GRELL: A arte de capa é de autoria do artista Bruno Bacchiega (tatuador, e vocalista da banda Invokaos), que captou a aura “conturbada da mente humana”, tema que permeia todas as letras do álbum.

Queria saber de vocês como foi o processo de composição das letras e como chegaram no resultado final?

GRELL: No início de 2015 eu sofri uma cirurgia na coluna onde fiquei impossibilitado de tocar bateria. Isso gerou incertezas na minha vida. Fazer “barulho” é umas das coisas que mais curto na minha vida. Comecei a “aprender” tocar guitarra da noite para o dia e sozinho pesquisando no “youtube”. Nesse meio termo entre exercícios na guitarra surgiram alguns riffs que eu fui guardando e quando me dei por conta eu já tinha músicas para o lançamento de um 3-way split-cd, chamado “Burning the Tyranny” juntamente com Pigstein e Peia Braba; todas as músicas do “Psychotic Disorders” e músicas para o 4º álbum no qual estamos trampando no momento. Com relação as letras, essas incertezas me deixaram pra baixo e muitas coisas passavam pela minha cabeça. Aproveitei esses “pensamentos”  e resolvi transpor para o papel.

Uma das músicas que mais me chamaram atenção do disco foi Emotional Evisceration, esse som tem uma pegada muito única, parabéns, discorra sobre essa faixa, por favor.

GRELL: Obrigado! Foi algo bem natural como as demais.  É algo que faz parte do meu dia a dia. Tá no sangue. Não planejo, vou fazendo os riffs e ouvindo qual se adapta/encaixa melhor.

2022 chegou, o retorno dos eventos está acontecendo, quais os planos do Hierarchical Punishment para o ano?

GRELL: Os eventos retornaram e novamente estão sendo adiados/cancelados. Os casos de contaminação estão aumentando e muito… Com essas incertezas estamos direcionando o ano de 2022 para trabalharmos no nosso 4º álbum.

Obrigado demais pelo tempo, deixem aqui um recado pro pessoal do Headbangers Brasil e espero vê-los em palco o quanto antes. Até mais.

LUIZ CARLOS LOUZADA:  Obrigado pela oportunidade de compartilhar informações sobre o Hierarchical Punishment. Apesar de sermos uma banda experiente, com quase 30 anos de atividades na cena underground, e inúmeros lançamentos oficiais (entre álbuns, splits, participações em coletaneas e demos, tanto em formatos físicos quanto na web), a gente sabe que é importante contar com o apoio das pessoas que ouvem e curtem nosso som, que entram em contato com a gente através das redes sociais, enfim, somos gratos à todos que nos ajudaram e continuam nos ajudando a seguir em frente na caminhada do Metal Extremo! Entrem no site oficial do Hierarchical Punishment, leiam com calma nossa biografia, que retrata toda a trajetória de quase 3 décadas na ralação. Nos vemos por aí!

Hierarchical Punishment é formado por:

Grell – Guitarras
Luiz Carlos Lousada – Bateria
Arthur Mendes – Vocais
Alexandre Martins – Baixo
Paulo Alexandre – Guitarra